Criar espaço para bandas independentes e amantes do Rock. Com esse objetivo, foi promovido o primeiro Grito do Rock em Rio Grande, pelo Coletivo Morphocoda, com apoio da Prefeitura Municipal, através da Supervisão Cultural da SMEC. O festival é um evento integrado, que acontece simultaneamente em 200 cidades, de 15 países, desde 2007.
Segundo J.F. Costa, do Coletivo Morphocoda, Rio Grande carece de eventos voltados especificamente para o Rock. “Precisamos de espaço para dar visibilidade aos artistas locais, que produzem música autoral. Realizamos a inscrição para incluir nossa cidade no eixo do Festival com o objetivo de criar esse espaço”, declarou Costa, que também é integrante da banda Nitrovoid.
Satisfeitos com o resultado do evento, os organizadores pretendem expandir o festival para que, no próximo ano, tenha a duração de três dias, com espaço para mais bandas, fanzine, grafite, vídeo e outras manifestações artísticas. Nesta edição, o Grito do Rock foi realizado no Camping Municipal do Cassino, contando com a participação de cinco bandas que tocaram por mais de oito horas.
As declarações foram praticamente unânimes: “O evento me interessou porque é especialmente voltado para o Rock. Tenho onde ir!”, afirmou o estudante Gustavo Silva de Lima, 15 anos. Entre o público, que variava na faixa etária, presenciou-se todo o tipo de amantes do Rock, desde os músicos, até os entusiastas do mundo alternativo.
“Esses eventos estimulam a cultura do Rock. Deveríamos ter mais desse tipo”, declarou Jean, da banda Pragah. “As pessoas vêm porque é alternativo a tudo que é condenado pela sociedade. Quando somos mais maduros, passamos a ver as coisas de uma maneira diferente, mas o adolescente quer simplesmente ser visto e precisa deste espaço”, declarou Amanda Boeno, 24 anos.