Projeto Escola ComVida

Escola ComVida

VIVER BEM a ESCOLA

Educação que Qualifica

Gestão que Compartilha

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Qualidade ética: no que tange às relações que se firmam nas comunidades escolares e à utilização responsável e rigorosa dos recursos públicos investidos.

Qualidade política: no que tange aos direitos e deveres dos cidadãos que constituem o processo educativo: em especial, a aprendizagem e a participação na gestão educacional.

Princípio filosófico:

Diálogo com toda a perspectiva teórica e educacional que tenha como foco de ação política e pedagógica a qualificação da vida das pessoas, sejam elas homens e mulheres, jovens, adultos e crianças de toda e qualquer cultura, etnia, condição física, econômica e social – respeitando-se as especificidades de cada seguimento educacional, visto como unidade constitutiva de um projeto coletivo.

PRINCIPAIS LINHAS DE ATUAÇÃO:

  • Gestão Compartilhada
  • Formação em Serviço
  • Atenção e Cuidado
  • Currículo, Espaços e Tempos Educativos

Gestão Compartilhada, numa cidade que educa:

Uma gestão que acolhe, propõe e compartilha tomadas de decisões, sucessos, desafios, responsabilidades.

A cidade educa. Todas as relações sociais são pedagógicas. Nesse sentido, propõe-se a articulação entre secretarias, sociedade, escolas e os espaços de cultura, trabalho, comércio, lazer, esporte e turismo do município, aproveitando o potencial educador da cidade e problematizando o espaço urbano.

Formação em Serviço:

Compreendidos como educadores sociais que constituem o processo educativo, professores/as, funcionários/as da limpeza, merendeiras/os, nutricionistas, secretários/as de escola, motoristas, monitores/as, gestores locais e setoriais, atendentes, orientadoras/es educacionais, coordenadores/as pedagógicos, supervisores/as, assessores pedagógicos, etc., todos devemos estar comprometidos com nosso processo de formação permanente – tendo em vista a qualificação dos serviços prestados à comunidade escolar e as necessidades impostas pela demanda da escola na Contemporaneidade.

Atenção e Cuidado:

Aos Docentes, funcionários/as, crianças, adolescentes e adultos estudantes, bem como suas famílias:

  • Constituição de ambientes de diálogo respeitoso, entendendo o conflito de ideias como condição de possibilidade;
  • Condições de trabalho, de aprendizagem e de escuta adequadas, zelando pela saúde física e psíquica de todos;
  • Qualidade nas relações interpessoais e promoção da participação ativa de toda a comunidade na vida da escola;
  • Respeito às necessidades físicas, sociais e psicológicas das crianças, adolescentes e adultos, sejam estes funcionários, professores, estudantes ou familiares.

Currículo, Espaços e Tempos Educativos:

Compreensão de currículo para além da grade de conteúdos, como toda e qualquer aprendizagem que ocorre na escola: as relações interpessoais, os espaços, os tempos, os materiais, as políticas de gestão e participação. Perspectiva curricular integrada, garantindo a articulação entre as áreas de conhecimento e tendo a educação ambiental e a inclusão como políticas educacionais constitutivas do projeto em questão.

Espaços e tempos escolares vistos como componentes curriculares que, para além de um cenário da prática educativa carregam consigo as concepções de educação que os constituem. (bibliotecas, salas de aula, pátio, etc.)Tempos e ambientes de qualidade devem ser pensados a partir da demanda dos/as educadores/as, das crianças, adolescentes e adultos estudantes e de suas famílias – levando em consideração as necessidades biopsicossociais, pedagógicas e legais em geral.

Atendimento das especificidades de cada nível e modalidade educacional:

EDUCAÇÃO INFANTIL – 0 A 6 ANOS INCOMPLETOS:

  • espaços e materiais de qualidade para a vivência das crianças e um currículo que contemple as infâncias – sem a perspectiva de cunho preparatório para os anos iniciais do Ensino Fundamental.
  • currículo pelas linguagens e qualidade nas interações entre as crianças e entre estas e os adultos, tendo em vista a aprendizagem das práticas sociais e culturais em ambientes qualificados pedagogicamente.
  • desafio do atendimento à demanda por vagas e aos Indicadores Nacionais de Qualidade na Educação Infantil.

ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS – REGULAR:

  • articulação entre a Educação Infantil e os anos iniciais no que tange ao respeito aos tempos e espaços da infância nesta faixa etária, sem perder de vista as especificidades do currículo para este nível educacional;
  • currículo que contemple a infância e a adolescência e que provoque a curiosidade, o desejo e o prazer da aprendizagem;
  • atenção às linguagens de expressão, para além da escrita, da leitura e do cálculo matemático.
  • combate ao analfabetismo e currículo interdisciplinar.

ENSINO FUNDAMENTAL NA MODALIDADE EJA

  • preocupação com as especificidades do processo educacional nesta modalidade e reconhecimento das necessidades biopsicossociais e cognitivas de adolescentes, adultos e idosos neste contexto;
  • acolhida à diversidade e à participação ativa da comunidade escolar na tomada de decisões coletivas;
  • currículo significativo e que reconhece a experiência de vida e de aprendizagem das pessoas em seu contexto político e social.

EDUCAÇÃO DO CAMPO:

O campo, mais do que um perímetro não-urbano, é um campo de possibilidades que dinamizam a ligação dos seres humanos com a própria produção das condições da existência social e com as realizações da sociedade humana. As propostas pedagógicas devem contemplar a diversidade cultural e os processos de interação e transformação do campo, a gestão democrática, o acesso ao avanço científico e tecnológico e as respectivas contribuições para a melhoria das condições de vida das pessoas.

DIVERSIDADE E INCLUSÃO:

  • Constituição/Manutenção de uma rede de atenção biopsicossocial às crianças, adolescentes e adultos em situação de vulnerabilidade social e/ou com necessidades educativas especiais, nas diferentes modalidades de ensino;
  • Rompimento gradativo com a perspectiva de ensalamento especial, garantindo o AEE em contraturno, conforme política vigente no Brasil. Escola como espaço comprometido com a inclusão, para além da sala de aula e do professor/a. Aprendizagem como direito.

ENTIDADES/SERVIÇOS PARCEIROS:

  • COMDICA
  • Conselho Tutelar
  • Conselho Municipal da Educação
  • Secretaria Municipal de Cidadania e Ação Social
  • Secretaria Municipal da Saúde
  • CAPS I
  • CAPS AD
  • Ministério Público
  • Escolas Especiais
  • FURG
  • garantia de espaços/tempo de troca de experiências e estudos de caso entre as professoras referência e as professoras das salas de recursos ou recursos multifuncionais;
  • atenção à professora, no que tange à formação e à rede de apoio adequadas ao trabalho desenvolvido, bem como junto às famílias. Para além da socialização, o foco é a aprendizagem como direito de cidadania.
  • organização de um sistema integrado de manutenção e cuidado aos diagnósticos nas escolas – ética e utilização como recurso no manejo específico das ações de inclusão.
  • proposição do projeto de monitoria de Inclusão, tendo em vista a formação continuada dos/as educadores/as; o rompimento com relações de dependência e superproteção; o suporte para a aprendizagem do estudante e para o trabalho da/o professora/r.

ESCOLA EM TURNO INTEGRAL:

Para além de um espaço de oficinas em contraturno, a escola em tempo integral deve ser pensada a partir de um currículo integrado, comprometido com a aprendizagem nas suas múltiplas linguagens e com a vivência saudável das práticas sociais cotidianas. Os espaços e tempos pensados com qualidade pedagógica e estética, neste caso, são componentes curriculares imprescindíveis, num contexto em que os/as estudantes ocupam a maior parte do seu tempo cotidiano na escola e sem a presença da família.

FOCOS CENTRAIS DA POLÍTICA:

  • Gestão compartilhada e promotora do trabalho cooperativo/colaborativo;
  • Combate ao analfabetismo;
  • Formação em serviço como componente curricular deste projeto;
  • Atenção e cuidado em relação a todas as pessoas que dão vida ao espaço escolar.

Há uma proliferação de políticas de solução de carências para diminuir as desigualdades, políticas compensatórias, distributivas das competências imprescindíveis para minorar as desiguais condições do viver. Se reduzirmos as desigualdades a carências, caberá ao Estado, e as suas políticas e instituições, apenas o dever de suprir carências. Um papel menos exigente do que construir uma sociedade igualitária e justa.

Miguel Arroyo