A comunidade escolar da EMEF Admar Corrêa retornou às atividades letivas no dia 4 de março, uma semana após a maioria das escolas da rede pública municipal de ensino de Rio Grande. Porém, o retorno de alunos, professores e funcionários ocorreu em três diferentes locais.
A Secretaria de Município da Educação, a fim de garantir a segurança da comunidade escolar, precisou interditar o prédio da EMEF Admar Corrêa, após análise e parecer dos engenheiros da prefeitura, fazendo com que alunos, professores e funcionários fossem realocados, enquanto aguardam uma solução definitiva.
A interdição fez-se necessária porque rachaduras e problemas estruturais no prédio da escola ofereciam sérios riscos a todos aqueles que frequentam e fazem parte do Admar Corrêa. Essa situação foi detectada durante a realização de uma obra de assentamento de rede de esgoto cloacal, realizada pela Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), nas proximidades da instituição.
A fim de abrigar e atender todos os alunos da melhor forma possível, mesmo diante das inevitáveis dificuldades que uma realocação como esta possa causar, foi de extrema necessidade a parceria com outras duas escolas da rede pública de ensino, evitando prejuízos didáticos e pedagógicos.
A EEEF Ernesto Pedroso, também localizada no bairro Santa Tereza, está abrigando os alunos e professores do Ensino Fundamental, em uma parceria com a 18ª CRE. No turno da manhã, estudam alunos do 7º e 8º ano, além dos alunos da 8ª série. No turno da tarde, das 12h até às 15h, estudam os alunos do 2º ano. Já os alunos do 4º, 5º e 6º ano são atendidos das 15h às 18h.
Os horários têm sido reduzidos para que todas as turmas do Ensino Fundamental possam ser acomodadas, uma vez que a escola Ernesto Pedroso tem seus próprios alunos e turmas. Porém, segundo a diretora da EMEF Admar Corrêa, Claudia Antunes Louzada, a carga horária e os dias letivos serão reuperados posteriormente.
Na EMEF Helena Small estão os alunos da Pré-escola, Níveis 1 e 2. Já o salão da Paróquia Santa Tereza, localizado na rua atrás da escola Admar Corrêa, está sendo alugado pela SMEd e, desde o dia 11, abriga a Creche e os alunos do 1º ano. A escolha do salão da Paróquia para abrigar os alunos do 1º ano deu-se em razão de que eles são menores e, assim, como o local é próximo à escola, não causará transtorno aos pais.
O salão da Paróquia passou por reformas e melhorias na sua estrutura, a fim de melhor atender as crianças. Na parte inferior do prédio, estão as salas lúdicas para os Maternais 1 e 2, além da cozinha, banheiros e refeitório. Na parte superior, localiza-se o dormitório, sala de recreação, local para o banho das crianças, banheiros, solário e uma sala de aula para o 1º ano. Foram colocados forro PVC e piso novos no prédio, além de melhorias na parte elétrica e, também, no que diz respeito à segurança, como a colocação de corrimão na escada que dá acesso ao piso superior.
A diretora da EMEF Admar Corrêa disse que a realocação não tem sido uma tarefa fácil, principalmente porque é muito complicado gestar em três locais diferentes. No entanto, o apoio da comunidade, dos pais, dos professores e funcionários, além do acolhimento recebido pelas escolas parceiras, têm ajudado a amenizar as dificuldades. “A comunidade aceitou a realocação, pois não havia outra forma imediata de solucionar o problema; a comunidade nos acolheu, está nos apoiando, dando sugestões”, afirmou Claudia.
Alice Pires, professora há mais de 11 anos na EMEF Admar Corrêa, disse que “apesar das dificuldades, como a questão do espaço físico na escola Ernesto Pedroso, que está sendo dividido por duas escolas, todos estão procurando trabalhar da melhor forma possível, todos nós abraçamos a causa”.
Também foi destacada, por parte da diretora Claudia Louzada, a parceria com a SMEd, que mostrou-se incansável na busca de uma solução viável. “Agradeço à SMEd pelo pronto atendimento das solicitações. A equipe de trabalho da Secretaria tem ajudado muito, mostrando disposição e apoio, auxiliando na estrutura física, no pedagógico e na melhoria dos serviços de limpeza, merenda e acesso aos ambientes; ajudando na limpeza e priorizando o acolhimento dos nossos alunos e da comunidade em geral”, disse a diretora da EMEF Admar Corrêa.
Sobre o retorno ao prédio da EMEF Admar Corrêa, a diretora disse não ter uma previsão, pois ainda é aguardado o laudo do perito. Só após o laudo será possível saber, caso a escola não continue interditada, se poderá atender todos os alunos novamente, ou se atenderá apenas algumas turmas.
SMEd
Roberton Reis