No nosso município existem 77 escolas da Rede Pública Municipal de Ensino, com cerca de 22 mil estudantes que encontram nesses espaços a possibilidade de acesso à uma alimentação saudável. Para tanto, um longo processo de procura por fornecedores, de seleção e compra de gêneros alimentícios, bem como de distribuição e capacitação, é realizado por profissionais atenciosos da Prefeitura Municipal do Rio Grande, por meio do Núcleo de Alimentação Escolar (NAE) da Secretaria de Município da Educação (SMEd).
Além das escolas municipais, entidades filantrópicas conveniadas integram essa ação pela promoção da alimentação adequada, como o orfanato Maria Carmem, o Educandário Coração de Maria, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), o Lar Dom Frederico Didonet e a Escola de Educação Especial José Alvares de Azevedo.
De acordo com a secretária da Educação de Rio Grande, Vanessa Pintanel, o Núcleo de Alimentação tem uma preocupação muito grande com a promoção de hábitos de alimentação saudável. Dessa forma, ela comenta como essa missão integra tanto o programa de governo Rio Grande ComVida, como também a proposta da Escola ComVida. “Eles [os estudantes] conseguem através do aprendizado dessas práticas positivas com a alimentação escolar levar isso para as suas casas, suas famílias e isso, promove uma melhoria na qualidade de vida da população”, destaca.
Estrutura do Núcleo
Dentre os profissionais que atuam no Núcleo de Alimentação, estão as nutricionistas, a assessora do administrativo e do pedagógico, além dos funcionários terceirizados. Nesse espaço, eles atuam desde o planejamento, a compra de gêneros alimentícios, bem como o seu armazenamento e a sua distribuição. Além disso, as nutricionistas realizam a capacitação de manipuladores de alimentos da Rede Municipal, visitas técnicas nas escolas e entidades, atividades e oficinas com estudantes, entre outras ações.
A gestora da pasta da Educação ressalta a relevância desses profissionais que atuam na equipe do Núcleo. Ela comenta que é um processo bastante trabalhoso que visa garantir a compra de alimentos adequados, indo desde a escolha dos cardápios, a avaliação nutricional dos gêneros alimentícios e a realização das compras de toda a merenda do município. “É um grupo pequeno ainda de nutricionistas para o tamanho da nossa Rede [escolar], mas é um trabalho de extrema importância”, enfatiza.
Trabalho de atenção às restrições alimentares
Em meio a essa grande demanda do Núcleo, as nutricionistas ainda zelam para atender três patologias alimentares sobre as quais a Rede Pública Municipal de Ensino oferece cobertura. De acordo com a nutricionista e coordenadora do NAE, Rita de Cássia Nascente Caetano, o município atende a doença celíaca (intolerância ao glúten), a intolerância à lactose e a diabetes. Além disso, os manipuladores de alimentos também estão atentos às alergias, sendo retirados determinados gêneros conforme diagnosticado algum tipo de restrição alimentar na instituição.
Durante o processo de compra para atender as patologias, a coordenadora Rita de Cássia explica que existem dificuldades para encontrar fornecedores que tanto trabalhem com esses tipos específicos de produtos quanto na forma de empenho, conforme a Prefeitura Municipal necessita. Apesar desses obstáculos, nesse ano foram adquiridos 100 unidades de adoçante, 200 unidades de bebida de soja, 300 kg de bebida láctea sem açúcar, 100 unidades de pudim diet sem açúcar, 2000 litros de leite UHT sem lactose e 300 pacotes de mistura para bolo de chocolate com granola sem lactose.
Para a coordenadora Rita de Cássia é de fundamental importância que as crianças consumam alimentos específicos dependendo da patologia que apresentam. “Assim como elas devem consumir na escola, devem consumir em casa também, para que possam preservar a sua saúde”, comenta.
Incentivo à Agricultura Familiar Local
Esse investimento na alimentação adequada para os estudantes da Rede Pública Municipal de Ensino e para as entidades filantrópicas conveniadas também gera renda para a agricultura familiar local. Desde o ano passado, a SMEd e a EMATER tem realizado o contato com agricultores da Ilha dos Marinheiros para que tenham o interesse em aderir a essa iniciativa. “É extremamente importante, porque, além de valorizar a produção local, movimenta a economia. É uma garantia que esses produtores tenham uma renda fixa”, como aponta a secretária de Educação, Vanessa. Além disso, ela destaca que a previsão é que o programa se estenda para outras localidades, como a Quinta e o Taim, visando esse fornecimento de alimentação para o próximo ano.
No balanço de compras referente à agricultura familiar local, somente neste ano, constam cerca de 3 toneladas de 17 itens alimentícios comprados através da realização de Chamada Pública. Assim, a merenda das escolas da Ilha dos Marinheiros é enriquecida com abóbora, alface, batata doce, beterraba, brócolis, cebola, cenoura, couve-flor, espinafre, melão, morango, rabanete, repolho, rúcula, tempero verde, tomate e vagem.
Novo espaço para atividades e armazenamento
Desde o dia 22 de maio desse ano, as atividades internas do Núcleo de Alimentação e o armazenamento dos gêneros alimentícios estão acontecendo em um novo espaço. De acordo com a coordenadora Rita de Cássia, a atual estrutura tem muitos aspectos positivos, como o tamanho e a ventilação que são apropriados para o armazenamento dos alimentos. Sendo destacado também, o valor do aluguel que é inferior a localização anterior.
Neste novo espaço também são armazenados os alimentos adquiridos através do Registro de Preço. No balanço de compras desse ano, constam 12 toneladas de açúcar, 20 toneladas de biscoito doce e salgado, 8 toneladas de achocolatado, 6,5 toneladas de mistura para bolo, mil unidades de fermento químico e mil de fermento biológico, 4 toneladas de produtos de panificação, 2 mil potes de margarina, 500 latas de cereal pré-cozido de arroz, 500 latas de cereal pré-cozido de milho e 0,5 toneladas de aveia. Bem como, 15 mil litros de sucos, 4 toneladas de extrato de tomate, 8 toneladas de massas, 2 toneladas de sal, 1 tonelada de vinagre, 300 pacotes de orégano, 300 pacotes de colorau, mil latas de salsicha, 7 toneladas de composto lácteo, 4 toneladas de carne bovina e 12 toneladas de filé de frango. Além de 500 unidades de fórmulas infantil 1 e 500 unidades de fórmulas infantil 2.
Por outro lado, através de Chamada Pública, também foram comprados cerca de 28 toneladas de arroz, 16 toneladas de feijão preto, 600kg de feijão carioca, 20 toneladas de leite em pó, 18 mil litros de leite UHT, 12 mil unidades de óleo de soja, 3,5 toneladas de farinha de trigo, 600 kg de milho para pipoca, 2,5 toneladas de doces, 4 mil unidades de requeijão, 9 mil litros de sucos integrais, além de 10 toneladas de carne bovina e 4 toneladas de carne suína. Com o mesmo intuito de oferecer a alimentação adequada, tanto para as refeições do intervalo no meio da manhã e da tarde, quanto para os almoços e jantas, conforme o cardápio que a instituição necessita.
Além disso, as propriedades rurais de pequeno a grande porte dos hortifrutigranjeiros são responsáveis por levar, diretamente para as escolas, os alimentos comprados pelo Núcleo de Alimentação. Assim, nesse ano foram adquiridos 22 itens alimentícios por meio da compra Pregão Presencial. Somando 340 toneladas de alimentos, como abacaxi, alface, alho, banana, batata, batata doce, beterraba, bergamota, brócolis, cebola, cenoura, chuchu, couve, laranja, maçã, mamão, moranga, ovos, pimentão, repolho, tempero verde e tomate.
Sem dúvidas, este é um trabalho que requer muita atenção e dedicação em prol da alimentação suficiente, adequada e saudável no nosso município. Os cardápios das instituições, pedidos de gêneros alimentícios, receitas, roteiros de distribuição e cronogramas de entrega, podem ser conferidos através do link: https://bit.ly/2PKIw98
Assessoria de Comunicação/PMRG