Formação aborda o Desenvolvimento da Linguagem

O Núcleo de Diversidade e Inclusão da Secretaria de Município da Educação de Rio Grande realizou, durante a manhã e a tarde de sexta-feira, 18, no Centro de Formação para a Diversidade Cultural e Inclusão Escola Viva, a Formação Continuada sobre “Desenvolvimento da Linguagem”, com a fonoaudióloga Ângela Esther Gonzalez, do Centro Lydia Coriat, em Porto Alegre.

Voltada aos professores das Salas de Recursos e Classes de Estudos Diferenciados, a Formação, segundo Luiza Bonneau, coordenadora do Núcleo, “proporcionou horas de muito aprendizado em relação às dificuldades da fala, a qual é uma das representações da linguagem. A linguagem pode ser verbal, corporal ou gestual; certas crianças podem apresentar problemas em algumas dessas áreas. Juntos, tínhamos como meta aprender o que é possível fazer dentro da escola”.

Ângela, inicialmente, trouxe questões do desenvolvimento infantil, explicando que o choro é a primeira comunicação da criança com sua mãe, a qual é estabelecida através de um processo subjetivo tomado pelo outro, que nos acolhe, que nos entende.

Durante o dia, a Fonoaudióloga foi esclarecendo várias dúvidas acerca de como ajudar aqueles alunos que apresentam dificuldades de fala, seja de trocas ou de omissões de fonemas. Ângela disse que “não temos que estar a serviço da técnica, pois a técnica é que tem que estar a serviço de nós”. Isso significa que para cada criança, será estudado um jeito de provocar o seu interesse, para que se possa trabalhar a dificuldade apresentada. Na maioria das vezes, esse trabalho dá-se através do brincar; não simplesmente através de técnicas mecânicas, sem sentido para a criança.

A palestrante abordou alguns passos iniciais: primeiramente, deve-se fazer um inventário do grupo de palavras que a criança usa e apresenta distorções. Após, ela deve perceber quais são essas trocas, deixando que a mesma escolha quais serão trabalhadas. À criança deve ser explicado que existe um jeito diferente de falar essas palavras, pois é preciso levar em consideração o meio em que ela está inserida e, também, deve-se valorizar a cultura na qual ela vive. Não se pode simplesmente dizer que a maneira como a criança fala está certa ou errada.

Após esta combinação, o professor buscará, através do interesse do aluno, proporcionar que este supere suas dificuldades. Só após o uso de muitas atividades interessantes, e com muita prática, é que esses novos aprendizados irão para o “piloto automático”, ou seja, farão parte do seu vocabulário.

O encontro ainda contou com a presença do secretário de Município da Educação, André Lemes, e da superintendente de Gestão Pedagógica, Juliane Alves. “Eles ficaram aprendendo conosco e, ao término de nossa Formação, o secretário e a superintendente nos deixaram palavras de força, de agradecimento e de valorização de nossa Formação”, declarou Luiza Bonneau.

SMEd
Núcleo de Diversidade e Inclusão