- Crédito: Núcleo de Diversidade e Inclusão
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O Núcleo de Diversidade e Inclusão da Secretaria de Município da Educação de Rio Grande, com o apoio da Assessoria de Educação Física – Anos Finais, promoveu na tarde de sexta-feira, 04, na EMEF França Pinto, Formação Continuada com o Prof. Dr. Alexandre Carriconde e com a Profª. Gabriele Kruger, ambos da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).
A Formação, que abordou a temática “Promoção da saúde para crianças com deficiências”, foi direcionada aos professores das Salas de Recursos e Classes de Estudos Diferenciados, além de professores do Ensino Regular com alunos incluídos e professores de Educação Física da rede municipal.
“Mesmo com uma chuva bem intensa, conseguimos vencer o “barulho”, com uma ótima estratégia do Prof. Alexandre, o qual parou a palestra e iniciou o trabalho prático no ginásio, para depois então retornarmos à parte teórica. Os momentos de prática foram muito divertidos: começamos enchendo balões e depois jogando-os com todas as partes do corpo. Assim, através dessa simples brincadeira, as crianças vão identificando o seu corpo. Também trabalhamos a sensibilidade ao puxarmos um “trenzinho” de olhos vendados. Um ou dois colegas que estavam sem venda iam nos sinalizando qual o caminho a seguir, trabalhando a confiança. Com essa atividade também tivemos a oportunidade de vivenciar o não enxergar, e a possibilidade de brincar da mesma maneira”, explicou a coordenadora do Núcleo, Luiza Bonneau.
Ao longo do encontro, foram desenvolvidas diversas atividades e, a partir delas, usando a criatividade, os professores poderão criar muitas outras, como o uso dos gestos para comunicação, e brincadeiras envolvendo a sintonia do grupo para alcançar um objetivo comum.
Após o lanche, o palestrante deu continuidade à parte teórica. De acordo com Alexandre, “nós não devemos deixar que as incapacidades das pessoas nos impossibilitem de reconhecer as suas habilidades”. Outro aspecto importante a ressaltar é que ele abordou o fato de que a criança não é responsabilidade apenas da professora, e sim de todos que fazem a escola: porteiro, funcionários, professores e direção, como também os ambientes que devem ser adequados dentro do possível para essas crianças, o que nos levará a sermos uma comunidade escolar inclusiva.
Alexandre destacou que o professor sempre alega não estar preparado para a inclusão, “mas nunca estaremos prontos, pois este é um processo em construção, e a inclusão então é feita, fazendo-a um pouco a cada dia”.
Destacou, também, a importância de escutarmos esta criança ao chegar à escola, para que se conheça seus interesses, suas expectativas, além de conhecer e conversar com a família e perceber sua realidade, colocando-se no lugar desses pais. “Eles também, com certeza, não estavam preparados para receber um filho com deficiência. Precisamos ver esta criança em todo seu desenvolvimento, cognitivo, motor e afetivo. A ideia é não perceber a pessoa em razão da sua deficiência, mas, sim, procurar estimulá-la para desenvolver atividades em que ela possa realizar. Não limitá-la e, sim, incentivá-la a avançar, a superar seus limites”, explicou Alexandre Carriconde.
SMEd
Roberton Reis