A Conferência das Nações Unidas para o mundo e o planeta foi além das discussões que permeavam os temas “a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza e a estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável”.
A crítica ao documento mostra que, apesar da crise econômica e da falta de consenso entre os chefes de estado, o mesmo é um marco do início de um processo que define, em curto prazo, os objetivos para o desenvolvimento sustentável e as metas globais que precisarão ser definidas até 2013, para que entrem em vigor até 2015. No entanto, em anexo estão compromissos de voluntários que totalizam US$ 500 bilhões para sustentabilidade em investimentos acordados.
Mas o fato é que, a partir da Conferência, o mundo ficou melhor, pois se os governantes hesitam em assumir uma postura e dar mais um passo, há quem se encoraje diante de um planeta e grite por suas ideologias em favor de um mundo melhor e mais justo.
A Cúpula dos Povos fez jus ao nome, pois transpirou cultura e diversidade; serviu de palco para que todos tivessem um momento de liberdade de expressão, sintetizando os principais eixos discutidos durante as plenárias e assembleias, assim como expressaram as intensas mobilizações ocorridas durante esse período.
As sínteses aprovadas nas plenárias integram e complementam esse documento político para que os povos, movimentos e organizações possam continuar a convergir e aprofundar suas lutas e construção de alternativas em seus territórios, regiões e países em todos os cantos do mundo.
Outros lugares também serviram de palco para a Rio+20. As atividades paralelas proporcionaram a todos uma visão do que está acontecendo no planeta hoje e quais os recursos que estão sendo movimentados para um desenvolvimento sustentável. A exposição do Forte de Copacabana – Humanidade 2012 – mostrou que a população está, no mínimo, curiosa para saber um pouco mais sobre a Economia mais Verde – tão falada; não só na zona sul, mas no Porto as exposições também mobilizaram um público significativo.
O Rio teve, durante esses 10 dias, outra realidade, bem mais vigiada, bem mais protegida, na qual a segurança não foi o problema. Informação e divulgação estavam na língua do carioca. Na verdade, não era apenas o mundo querendo ir para o Rio de Janeiro viver esse momento histórico, o próprio carioca fez-se presente e garimpou, junto à multidão, um lugar no ‘Rio’.
E nós, educadoras da cidade do Rio Grande, que estivemos na Rio+20, representando a Educação Ambiental da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, por que estivemos lá? O que trouxemos?
Trouxemos para nossa cidade ‘maravilhosa’, a experiência de termos vivenciado todos esses ambientes, termos conversado com diferentes pessoas, termos assistido diversas manifestações, que irão contribuir para os objetivos do nosso Programa e que, com certeza, irão refletir em nossos projetos, pois o mundo que nós queremos não está distante do que foi reivindicado, nem as realidades que temos fogem do contexto tematizado. Como diria Loreiro: “Negar o outro é nos definirmos como seres antiéticos.”
Sabemos que nossas ações dentro do Programa Quero-Quero são apenas um grão de areia nesse universo que é a Educação Ambiental, mas fazer parte de um programa que está abordando questões pertinentes aos temas discutidos pelos ‘chefes de estado’, faz com que tenhamos orgulho de nossos professores e alunos.
Programa Quero-Quero
Profª. Esp. Roselle Rodrigues
Profª. Esp. Alessandra Rodrigues