A Prefeitura Municipal do Rio Grande, através da Secretaria de Município da Educação (SMEd), realizou, nos dias 1º e 2 de julho, no Cidec-Sul da Furg, o “7º Seminário Municipal de Diversidade e Inclusão: Navegando por rotas desafiadoras das estratégias inclusivas”.

O evento, que é organizado e coordenado pelo Núcleo de Diversidade e Inclusão da Superintendência de Gestão Pedagógica da SMEd, integra as ações formativas para os(as) professores(as) da rede pública municipal de ensino e a programação dos “50 Anos da SMEd”, objetivando oportunizar reflexões e diálogos acerca dos desafios atuais enfrentados pelas escolas, frente à diversidade que se apresenta na sala de aula e às estratégias necessárias à inclusão.

Na primeira noite, os participantes foram acolhidos pelo grupo musical “AMIGOS”, formado por jovens ex-estudantes da Rede Municipal e de escolas especiais conveniadas, que apresentam Necessidades Educacionais Específicas, encantando a todos com sua alegria, superação e talento.

Depois, ocorreu a palestra da professora Rosa Moura, que desacomodou o público com seu jeito irreverente, mas que trouxe várias reflexões acerca da neurociência: do quanto é importante entendermos que o estudante é um todo e que se algo não está bem organicamente, pode comprometer suas aprendizagens; que a motivação e emoção estão completamente associadas à aprendizagem, portanto se faz necessário encantarmos nossos estudantes; que existem 03 tipos de aprendizagens: visual, auditiva e cinestésica; e que o grande desafio do professor é conseguir planejar para toda essa diversidade encontrada na sala de aula.

A segunda palestrante, a fisioterapeuta Giulia Matheus Moraes, esclareceu sobre a deficiência física, e trouxe estratégias de manejo e aprendizagem com os estudantes que apresentam a Paralisia Cerebral. Também falou sobre a importância da postura e do posicionamento adequado do estudante para favorecer a aprendizagem; e destacou que algumas exigências metodológicas precisam ser flexibilizadas e até, se necessário, abolidas, para se incluir e dar acessibilidade a alguns estudantes. Enfim, uma noite bem inusitada e cheia de aprendizagens.

Na segunda noite, o fonoaudiólogo Djalma Junior falou da importância do trabalho da consciência fonológica na escola para minimizar e/ou evitar problemas de linguagem.  Destacou, também, a necessidade do professor entender os níveis de desenvolvimento dos estudantes, de acordo com a faixa etária, para planejar as aulas e não equivocar-se nas exigências das atividades.

A segunda palestra, ministrada pela psicopedagoga, professora da Faculdade Anhanguera, Waléria Bussetti, fez um contraponto entre o papel do professor e da família, destacando que ambos passam pelas mesmas angústias neste processo da Inclusão: o de idealizar um filho/aluno e depois se deparar com a realidade de conviver com alguém que possui a Necessidade Educacional Específica.

O Seminário encerrou com a palestrante Helena Arrieira, que trouxe para as reflexões a importância do estímulo sensorial, desde a primeira infância, no desenvolvimento típico das crianças e, principalmente, para àquelas que apresentam algum transtorno ou dificuldade de aprendizagem.

“Foi mais uma edição de sucesso do Seminário Municipal de Diversidade e Inclusão, com o diferencial de estender o olhar para além dos estudantes, alcançando, também, os professores e familiares”, destacou a coordenadora do Núcleo de Diversidade e Inclusão, Elisângela Macedo.

SMEd
Roberton Reis
Com informações do Núcleo de Diversidade e Inclusão