Curso “Povos Originários: diálogo e entrelaçamento de ideias” encerrou no mês de Novembro

No dia 09 de agosto de 2016, teve início o curso intitulado “Povos Originários: diálogo e entrelaçamento de ideias”, destinado a professores dos Anos Iniciais, Anos Finais e EJA da rede pública municipal de ensino de Rio Grande. O curso foi ofertado em três turnos diferenciados (manhã, tarde e noite), sendo um encontro por mês e perfazendo um total de 20 horas.

O curso, nos seus três primeiros encontros, foi ministrado por Luciano de Mello Silva e Débora da Costa Cadaval. Luciano é Oceanólogo, Mestre em Oceanografia Biológica, Doutor em Fisiologia Animal Comparada; é indigenista, que atua diretamente em aldeias do Rio Grande do Sul, elabora documentos ao Ministério Público Federal sobre violações de direitos humanos, faz laudos técnicos à FUNAI, registros etnográficos, atua ainda no jornalismo indigenista e na elaboração de projetos culturais em aldeias indígenas. Já Débora é Bacharel em História, Mestre em Ciências Sociais com ênfase em Etnologia Ameríndia; é pesquisadora do Núcleo de Etnologia da UFPEL, faz parte da Diretoria de Etnologia e Cultura OSCIP – Povos Originários e da Terra e possui mais de dez anos de indigenismo.

No decorrer do curso foram (re)discutidos estereótipos sobre os Povos Originários nos livros didáticos, realizados diálogos e reflexões sobre as populações indígenas no Rio Grande do Sul: história, paisagem e territorialidade. Também discutiu-se a importância do artesanato como meio de subsistência, o significado dos grafismos, a mobilidade dos Povos Originários, assim como os marcos legais referentes a esses povos.

Já no último dia do curso, em novembro, todos foram brindados com a presença ilustre das lideranças da Aldeia Tekoa Nhundy (Mbya-Guarani), dona Talsira (parteira e Kunhã Karaí), Xunu Moreira (Professor e Instrutor de Música) e Araci da Silva (filha de dona Talsira e Estudante de Enfermagem), assim como da representante do Povo Apurinã, Kauwá Apurinã (Pietra Dolamita), que é Advogada, Mestre em Educação e Mestranda em Antropologia.

A conversa entre os participantes e os representantes das aldeias foi emocionante e de uma riqueza incomensurável. Uma participante disse no final do curso que “esse momento proporcionado foi único para os professores”.

SMEd