REDE MUNICIPAL DE ENSINO ABRE ANO LETIVO COM NOVAS ESCOLAS E MUITOS DESAFIOS

Fonte: www.jornalagora.com.br

No Município, assim como ocorre em outras cidades do Rio Grande do Sul, um dos grandes  transtornos sempre foi o déficit no número de vagas para a Educação Infantil. Entretanto, para o começo deste ano letivo, a Secretaria de Município da Educação (SMEd) vai inaugurar três novas escolas, e mais mil novas vagas serão oferecidas para a Educação Infantil. Recentemente, 114 professores concursados foram nomeados pela SMEd, para atender a toda esta demanda de novas escolas e vagas na rede.

Conforme o secretário de Município da Educação, André Lemes, Rio Grande deu um grande passo para o início deste ano letivo. Segundo o secretário, na segunda-feira (22), as escolas da Rede Municipal nas modalidades de pré-escola (quatro a cinco anos) e Ensino Fundamental retornam às aulas. As creches, que atendem crianças de zero a três anos, iniciaram as aulas no último dia 15.

Lemes conta que as três novas escolas serão inauguradas na segunda-feira (22) e começarão a funcionar, efetivamente, no dia 7 de março. “Marcamos a inauguração para o dia da abertura oficial do ano letivo”, destaca o secretário. Ele salienta que o calendário dessas novas escolas será adaptado, para que sejam cumpridos os dias letivos exigidos. As escolas que serão inauguradas são: EMEI Professora Débora Thomé Sayão (no Bolaxa), EMEI Professora Verenice Ferreira Gonçalves (no bairro Humaitá) e EMEI Professora Nilza Alves Gonçalves (no bairro América).

Obras 

Sobre as novas escolas que estão sendo construídas nos bairros Vila da Quinta, Nova Quinta, ABC IX, Camping e Santa Rosa, André Lemes enfatiza que ocorreram dois problemas, os quais atrasaram a construção dos prédios. Ele explica que foi preciso fazer algumas adequações no projeto. “As obras ficaram paralisadas por 60 dias. Tivemos que fazer a regularização e acertar questões com o governo federal. A expectativa é que as obras sejam concluídas, ainda, no primeiro semestre”, destaca.

De acordo com o secretário, a obra da EMEF Cipriano Porto Alegre foi entregue, oficialmente, para o setor de fiscalização de obra, na última quarta-feira (17).  “Se estiver tudo certo, a nossa expectativa é que façamos a mudança em março. O início do ano letivo da escola será no prédio antigo”, aponta.

Com a mudança de local da EMEF Cipriano Porto Alegre, a perspectiva é de que a Escola Municipal de Educação Bilíngue Carmem Regina Teixeira Baldino, hoje, localizada no prédio da Escola Viva, na avenida Portugal, ocupe o antigo prédio da Cipriano Porto Alegre. Entretanto, o secretário comenta que houve um pedido da direção da Escola Bilíngue, para mantê-la em área central.

“Nós começamos a receber alunos de São José do Norte. Houve um pedido da direção da escola, para continuar na área central. Estamos avaliando esse pedido e pensando em outras alternativas, para essa demanda que nos foi apresentada. A Escola Bilíngue já está com mais de 60 alunos. Eu entendi que é prudente o pedido da escola”, pondera, referindo-se à possível dificuldade dos alunos irem até a escola, visto que desembarcam da lancha no centro da cidade.

Cassino

Lemes ressalta que uma outra escola está sendo construída no ABC IX. “É uma escola pré-moldada. Fast Flex é o nome do produto. Essa estrutura é uma produção em série, feita na fábrica. Vem pronta para o canteiro de obras”, enfatiza. Ele conta que a construção desta escola é fruto de contrapartida de uma empresa que está construindo parques eólicos no Município. “Como tínhamos um gargalo de vagas para o Ensino Fundamental, entendemos que o investimento caberia. No contrato firmado entre a empresa que realiza a obra e a empresa que está construindo a escola, a previsão é que a obra seja entregue em 15 de março”, argumenta.

Ele enfatiza que a escola atenderá 120 crianças do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental.  “Vamos zerar o déficit de vagas no Cassino, para os primeiros anos do Ensino Fundamental”, comemora. O secretário ressalta que o investimento feito pela empresa do setor de parques eólicos é de R$ 1,3 milhão, e que o Executivo Municipal entrará com recursos somente para o aterro, cercamento, água e energia.

Balanço positivo

Além das mil novas vagas na Educação Infantil, Lemes observa que o Ensino Fundamental, em Rio Grande, está universalizado. Ele conta que, no dia 1º de janeiro deste ano, o Centro Educacional Fraternidade, localizado no bairro Getúlio Vargas, foi repassado ao Executivo Municipal. O secretário explica que o antigo centro, agora, é EMEI Fraternidade. “Criamos a primeira escola de Educação Infantil do BGV. Antes, ele atendia 104 crianças, agora, são 300 vagas para a Educação Infantil. Mantivemos o nome em homenagem às fundadoras do centro.  Crianças de zero a cinco anos serão atendidas. As aulas iniciam no dia 7 de março, na EMEI Fraternidade”, celebra o secretário.

André Lemes explica que o Executivo Municipal assumiu o compromisso de aumentar o número de vagas no Município. “São quatro escolas municipais novas. Fizemos um planejamento para ampliar as ofertas de vagas. O Município assumiu o compromisso de universalizar o acesso de crianças de quatro e cinco anos na Educação Infantil, até o final do ano. Temos mais três escolas em processo de licitação, que serão instaladas no Parque Marinha, Povo Novo e Parque São Pedro. Cada uma terá 300 vagas”, comenta. Ele enfatiza que, até 2017, com a construção dessas novas escolas, a perspectiva é que mais 1,9 mil vagas sejam ofertadas para a Educação Infantil, somando 2,9 mil novas vagas em dois anos.

“O prefeito Alexandre priorizou o atendimento para a Educação Infantil. Esses números são um avanço. Abrimos vagas para crianças de quatro e cinco anos nas 18 escolas rurais do Município. São escolas de Ensino Fundamental nas quais criamos a pré-escola. Temos que comemorar pois é um passo largo. Ainda temos caminho para percorrer. Com esses números e essas novas escolas, em 2017, chegaremos a um patamar de 25% a 30% de crianças de zero a três anos atendidas. A meta que Rio Grande colocou no Plano Municipal de Educação é de até 2025, atender 50% das crianças de zero a três anos. Em dois anos da execução do plano, vamos chegar à metade da meta ou ultrapassar”, finalizou.

Por Aline Rodrigues
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