O quesito raça/cor passou a ser campo obrigatório nos documentos de acesso aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) em Rio Grande.
Instituído via decreto pela Prefeitura Municipal, a proposta da Secretaria de Município da Saúde (SMS) vai ao encontro do compromisso de atenção integral à saúde da população negra assinado pela pasta em julho deste ano.
Segundo a secretária de Município da Saúde, Vera Elizabeth da Silva, a iniciativa visa mensurar a população negra no município para o planejamento, avaliação e elaboração de políticas públicas de saúde específicas.
“Além de ser uma das diretrizes do compromisso que assinamos, que passamos a cumprir a partir da publicação deste decreto, essa ação nos dará maiores subsídios para atender as demandas relacionadas à saúde da população negra como, por exemplo, a anemia falciforme”, salientou.
A anemia falciforme é uma patologia genética e hereditária que atinge principalmente a população negra. No Brasil, representam cerca de 8% dos negros, mas devido à intensa miscigenação historicamente ocorrida no país, pode ser observada também em brancos e pardos.
De acordo com a titular da Saúde, o município do Rio Grande é um dos pioneiros a adotar o método na região sul.
Redator: Tiago Collares