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AGO

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Programa Saúde da Mulher realiza palestra sobre endometriose no Salão Nobre


A Secretaria de Município da Saúde, por meio do Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher, realizou na tarde desta quarta-feira, (12), no Salão Nobre da Prefeitura, uma palestra sobre a endometriose.  O médico ginecologista, Dr. Roberto Zambonato, chefe do Serviço de Videocirurgia Ginecológica de Pelotas, palestrou sobre o tema aos profissionais da rede básica de saúde do Município. A palestra foi promovida em alusão à Semana Municipal de Informação e Atenção sobre a Endometriose, instituída pela Lei Municipal nº 7.699/14, de autoria da vereadora Luciane Compiani.

A secretária de Saúde, Vera Elizabeth, destacou que esta ação visa capacitar e formar os profissionais da rede básica de saúde a respeito do tema. “Esta palestra é um importante momento para a formação de toda a equipe do Programa de Saúde da Família. Espero que possamos ter uma ótima tarde de trabalho e que o diálogo estabelecido aqui esclareça e incite a busca de mais informações e qualificação sobre o assunto”, salientou.

A endometriose é uma doença caracterizada pela presença do endométrio fora da cavidade uterina, ou seja, em outros órgãos da pelve: trompas, ovários, intestinos e bexiga. Os principais sintomas da doença são cólicas menstruais intensas e infertilidade. A doença afeta cerca de 6 milhões de brasileiras. Destas, 30% ficaram estéreis em razão do diagnóstico tardio da doença. No Município de Rio Grande o número de mulheres diagnosticadas com endometriose é 20 mil, um número considerado alto para os padrões da cidade.

A assistente social, Fabiane Dias, e a bióloga Jocelma Scott, apresentaram ao público relatos do dia a dia com a doença. Jocelma convive com a endometriose há 9 anos e contou que o diagnóstico tardio acarretou na sua esterilidade. Já a assistente social foi diagnosticada com a doença há apenas um ano, tempo suficiente para mudar toda a sua rotina de vida.

“Desde que recebi o diagnóstico de endometriose tem sido uma longa caminhada para conseguir o tratamento e poder realizar o sonho de ser mãe. Atualmente o SUS não oferece os exames para diagnóstico e tratamento da doença e eles custam caro na rede particular. Espero que os profissionais de saúde se sensibilizem cada vez mais com o assunto, que é muito sério, que se capacitem e que a doença seja reconhecida como um caso de saúde pública”, destacou a assistente social.

Durante a palestra, o ginecologista Roberto Zambonato, reiterou que o tema felizmente tem sido recorrente na mídia e que com isso muitas mulheres têm identificado os sintomas e buscado ajuda cada vez mais cedo. Porém, de acordo com o médico, ainda falta aprofundamento e conhecimento sobre o assunto, principalmente pelos próprios especialistas da área.

“Os médicos ginecologistasas ainda não estão atualizados o suficiente para informar as pacientes que chegam aos consultórios com suspeita da doença. A endometriose tem raízes genéticas e, para tratá-la, o primeiro passo a ser dado é o de manejo desta. Importante ressaltar que endometriose não é sinônimo de infertilidade. Ela pode levar a isso, mas há tratamentos quando existe esse risco”, pontuou Zambonato.

De acordo com o médico, o referido manejo passa por quatro importantes momentos: a identificação dos fatores ambientais a que foram submetidas as pacientes (dioxinas/poluentes); o avanço na capacidade diagnóstica (nem todas as pacientes tem acesso ao exame de videolaparoscopia); diminuição do tempo de latência (o início dos sintomas até a chegada ao diagnóstico tem sido de 3 a 5 anos) e o conhecimento e prevenção.

A estratégia de prevenção da doença, por sua vez, é composta por três fases. Primária: evitar a ocorrência da doença; secundária: diagnóstico realizado nas fases iniciais; terciária: impedimento de deteriorações adicionais, após a doença ter sido diagnosticada.

Redigido por: Rosélia Falcão

 

 

 

 

 

 


Fotos da Notícia


  •  - Crédito: Marcos Jatahy

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