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JUN

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ARBORIZAÇÃO URBANA- UM NOVO PARADIGMA


Os desafios da Arborização Urbana são grandes à medida que as cidades crescem e a dependência por recursos públicos aumentam, além disso, devemos considerar o contexto histórico, cultural, tecnológico e estrutural das benfeitorias urbanas. Segundo o Engenheiro Agrônomo Júlio C. B. Camacho, Gerente da Unidade de Arborização da SMMA (Secretaria de Meio Ambiente) as cidades da região sul, tipicamente colonizadas por portugueses, têm ruas e calçadas estreitas e um número pequeno de grandes avenidas passíveis de arborizar.

Historicamente, ainda sentimos os reflexos de plantios sem planejamento de 50-60 anos atrás, com espécies exóticas de grande porte (plátano, álamo. salso, etc.), além da sensibilidade genética das “exóticas/invasoras” na relação com os hemiparasitas (erva de passarinho/Struthanthus flexicaulis) que as dominam ao longo dos anos.

Os conflitos com benfeitorias tecnológicas contemporâneas como postes, fios e tubulações, surgem disseminando entre a maioria da população que a poda é “obrigatória”, mas isto é uma tendência cultural cujas podas anuais se aplicam as culturas como videiras, oliveiras e demais árvores frutíferas das propriedades (Quinta) - herança portuguesa. No ambiente já moderno (antropofisado) a poda de “segurança” se faz necessária, sendo que as podas desnecessárias danificam o vegetal, aumentando os riscos de necroses, queda de galhos e até mesmo a queda do vegetal, especialmente em dias com vendavais.

Luiz Arthur Filho, Superintendente da SMMA comenta que após o 1°Fórum de Avaliação de Árvores de Risco, realizado em Porto Alegre, em março de 2015, a “nossa percepção de risco e dano”  na Arborização Urbana mudou e muito, enquanto enxergarmos a Arborização Urbana como um problema, pouco avançaremos em busca de uma cidade com melhor qualidade de vida. Pensar na Arborização como rede de Infraestrutura, assim como pensamos hoje na rede de  saneamento, elétrica, telefonia etc., torna-se um compromisso na implantação de um novo Paradigma.

Todo planejamento inicia com um diagnóstico, um inventário aproximado do que existe, como base e parâmetro na busca de um indicativo ideal de cobertura vegetal. Norteando-se pelo Plano Diretor de Arborização Urbana (PDAU - Lei 6832/09), iniciou-se o levantamento a campo a partir da Av. Duque de Caxias das espécies existentes, identificando espécies, estado fitossanitário, conflitos, riscos e danos etc., e com isto poderemos no futuro, adequar o que temos e implementar uma arborização mais adequada aos locais públicos. Esse levantamento preliminar (projeto piloto) contempla 06 ruas do Centro/Cidade Nova sendo elas: Duque de Caxias, Gen. Canabarro, Visc. Paranaguá, Moron, Major Carlos Pinto e Mal. Deodoro em um primeiro momento.

O projeto tem como objetivo final a proposta de Corredores Verdes Urbanos para Rio Grande, construindo uma malha verde ligando a cidade da Av. Honório Bicalho ao Trevo, mas ainda temos muito serviço de campo, o prazo estipulado para o final do levantamento é Maio de 2016, sendo que conseguimos a pouco um apoio técnico do Prof. da FURG Ubiratã Soares Jacobi Biólogo, Ms. Botânica e Dr. Fitotecnia, que se reunirá com a equipe técnica da SMMA, na sexta-feira próxima (12), a fim de dar sua colaboração neste projeto.

Proposta de Corredores Verdes Urbanos;

ATUALIZAÇÃO PÚBLICA

 Imbuída desta tarefa a SMMA (Secretaria de Município do Meio Ambiente), em sua unidade de Arborização tem ao longo do tempo evoluindo seu trabalho, qualificando seus servidores e se reestruturando. Os processos compensatórios e os TCCA’s (Termo de Compromisso e Compensação Ambiental por licença ou dano ambiental, é ferramenta de mitigação e implantação de projetos de arborização também).

Realizados hoje o Parque Urbano do Bolaxa com 800 mudas Nativas entre Corticeiras, Jerivás, Butiás, Araças, Pintangas etc., a Av. Visconde de Mauá com 72 Palmeiras Nativas (Jerivás) e a Av. Salgado Filho com 140 mudas, o PRAD (Programa de Recuperação de área Degradada) do Arroio Viera com 800 mudas, o transplante de Jerivás da obra de duplicação da BR 392, onde 05 foram para o bairro Getúlio Vargas e 05 para o bairro Lar Gaúcho todos de grande porte, e mais 2.592 mudas (produzidas em nosso viveiro) doadas a comunidade  em eventos diversos.

Para o ano de 2015 já firmados os seguintes TCCA: Hotel Plaza para o plantio na Praça Albatroz no Parque Marinha 500 mudas, o Rio Grande Praça Shopping para o plantio na COHAB IV e Cidade de Ágeda 449 mudas, a WEG Equipamentos Elétricos para o plantio no Povo Novo 200 mudas e a Praça Lilás no Profilurb II com 20 mudas (de floração lilás/roxo).

A Educação Ambiental nesse contexto, trabalha com a comunidade do entorno divulgando, conversando e despertando o “pertencimento” da Comunidade, pois na média de 30% a 40% dos plantios é perdido para o vandalismo, tornando-se fundamental esse contato e o apoio. Justificar que a poda não é uma coisa natural faz parte e entra nesse trabalho.

Quando trabalhamos com um ser vivo (árvore), sabemos que além do conflito constante do “crescimento vegetativo X expansão urbana”, temos uma certeza, contribuir para a qualidade de vida de uma cidade, da nossa cidade, sendo assim, fica a pergunta:

... “Que cidade queremos??...”

Informações da SMMA


Fotos da Notícia


  • Proposta de Corredores Urbanos - Crédito: Divulgação

    Proposta de Corredores Urbanos - Crédito: Divulgação

  • Plantio SMMA/Odebrecht, Rua Visconde de Mauá - Crédito: Luiz Arthur Filho

    Plantio SMMA/Odebrecht, Rua Visconde de Mauá - Crédito: Luiz Arthur Filho

  • Parque Urbano do Bolaxa/SMMA e REB/Programa Visual - Crédito: Luiz Arthur Filho

    Parque Urbano do Bolaxa/SMMA e REB/Programa Visual - Crédito: Luiz Arthur Filho

  • Parque Urbano do Bolaxa SMMA, REB e Bungue  Cerca e Plantio Nativo - Crédito: Luiz Arthur Filho

    Parque Urbano do Bolaxa SMMA, REB e Bungue Cerca e Plantio Nativo - Crédito: Luiz Arthur Filho

  • Viveiro SMMA/Centro de Eventos - Crédito: Eng. Agro. Júlio Camacho

    Viveiro SMMA/Centro de Eventos - Crédito: Eng. Agro. Júlio Camacho

  • Transplante de Jarivás da duplicação da BR392/BGV - Crédito: Luiz Arthur Filho

    Transplante de Jarivás da duplicação da BR392/BGV - Crédito: Luiz Arthur Filho

  •  - Crédito: Divulgação

    - Crédito: Divulgação

  •  - Crédito: Divulgação

    - Crédito: Divulgação





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