A luta pela retomada do Polo Naval Gaúcho tem sido uma das principais bandeiras de luta dos últimos tempos. Diversos setores da iniciativa pública e privada clamam por uma decisão política que favoreça o Estado do Rio Grande do Sul e a política de conteúdo local.
No dia 04 de abril uma Frente Parlamentar, coordenada pelo Deputado Henrique Fontana (PT-RS) em Defesa do Polo Naval foi lançada na Câmara dos Deputados. O Prefeito do Rio Grande, Alexandre Lindenmeyer, foi a Brasília acompanhar o lançamento da Frente. Segundo o Prefeito esta foi uma oportunidade de aglutinar todas as manifestações, dos mais variados segmentos e municípios, que receberam investimentos oriundos da indústria naval e hoje são impactados com essa mudança política.
“A Frente Parlamentar tem a possibilidade de aglutinar força dos mais variados segmentos de trabalhadores, empresários, que viam encontrando nesta cadeira produtiva oportunidade de trabalho, de renda, de fornecimento de bens, de geração de riqueza no país, pela indústria nacional. A retomada do polo depende hoje eminentemente de decisão política.”
A atual política atinge diretamente a região sul e é responsável pela gradual desativação do Polo Naval de Rio Grande e São José do Norte, evidenciado pelo processo de cancelamento dos contratos de construção de plataformas nos estaleiros do Brasil e passar a contratá-los em outros países. A retirada de pelo menos um casco pronto, transferido para China, e o cancelamento do contrato de construção da P71 geraram mais de 3500 desempregados.
O Polo Naval de Rio Grande tem capacidade para garantir a entrega das plataformas em menor tempo e menor custo que qualquer outro. A mão de obra é qualificada e experimentada. Portanto, não há qualquer justificativa para que o governo federal e a direção da Petrobras cancelem a conclusão da P71 e enviem para o exterior.
No mês de março Rio Grande sediou uma Audiência Pública proposta pela Assembleia Legislativa do RS que levou centenas de trabalhadores, agentes políticos, prefeitos da região sul, sindicatos e empresários a discutirem as questões relativas à manutenção do polo.
De imediato a região sul solicita a retomada da construção da plataforma P71 pela Petrobras, uma vez que, mais de 50% da obra já está concluída, mais de 70% do casco pronto e prazo de entrega estimado em 16 meses. O custo para finalizar a plataforma no estaleiro da Engevix é de cerca de 213 milhões de dólares, quase a metade do estimado para produzi-la na China - mais de 400 milhões de dólares
“Ressalte-se que a crise do pólo naval brasileiro nada tem a ver com a ‘crise econômica mundial’, pois as CONTRATAÇÕES CONTINUAM, mas agora no exterior, devido a uma decisão estratégica da Petrobrás”. Destaca-se no documento entregue pelo Prefeito do Rio Grande à Assembleia Legislativa – RS.
Assessoria de Comunicação / Prefeitura do Rio Grande