Na tarde desta quarta-feira (05), o prefeito do Rio Grande, Alexandre Lindenmeyer esteve reunido com o presidente do Senado, o senador Eunício Oliveira (PMDB- MT), em Brasília. A reunião envolveu as senadoras Vanessa Grazziotin (PCdoB – AM) e Lídice da Mata (PCdoB- BA); o vice-presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval); representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), diretores da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq); o prefeito de Angra dos Reias e ainda, os deputados federais representantes de oito Frentes Parlamentares que de alguma forma defendem a política de Conteúdo Local.
Fruto deste encontro foi o compromisso assumido pelo presidente do Senado em marcar uma reunião com o presidente da República, Michel Temer, para apresentar uma nota técnica sobre o tema.
Uma das frentes parlamentares que participaram do encontro foi a Frente Parlamentar em Defesa do Polo Naval, lançada na terça-feira (04), por iniciativa do Deputado Federal Henrique Fontana (PT-RS). O prefeito do Rio Grande, Alexandre Lindenmeyer, foi o único prefeito presente no evento. Também compuseram a comitiva local, o vice-reitor da Universidade Federal de Rio Grande, Danilo Giroldo; o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio Grande e São José do Norte, Benito Gonçalves e o secretário de Município de Inovação, Emprego e Renda, Marcos Mazoni; o vereador De Lima (PSB) e o vereador Felipe Branco (PMDB).
Durante o lançamento o prefeito Lindenmeyer apresentou um panorama geral sobre a atual situação do Polo Naval de Rio Grande e os reflexos negativos que a mudança política do Governo Federal e da Petrobras trouxeram para o Município e região. A queda na arrecadação também foi exposta, uma vez que, todos os municípios impactados com as políticas de investimento no Setor Naval, vivenciam uma retração violenta nos cofres públicos e precisam adaptar serviços e investimentos. Assim como os reflexos em toda cadeia produtiva que se criou em torno do Polo, desde o Ensino ao setor de Serviços e Varejo.
A retração do Polo Naval aponta efeitos sociais de grandes proporções, principalmente pelo auto número de desemprego na região. A retomada do trabalho dentro do Estaleiro de Rio Grande é viável e de extrema importância para a manutenção do Polo Naval Gaúcho, uma vez que mais de 50% das obras da P-71 já estão concluídas.
Além disso, Lindenmeyer afirma que há 147 mil toneladas de aço paradas no complexo da companhia, que poderão ter que "ser vendidas a preço de ferro-velho". O prefeito estima que, atualmente, seria necessário um investimento menor para finalizar os serviços da plataforma no Estado (algo um pouco superior a US$ 200 milhões) do que no exterior. A partir da retomada, a perspectiva é que a P-71 possa estar pronta em 18 meses.
Assessoria de Comunicação / PMRG