Na tarde desta quarta-feira (21) o prefeito Alexandre Lindenmeyer se reuniu na Sala de Reuniões da Prefeitura com lideranças da região para discutir e apresentar à comunidade rio-grandina os encaminhamentos trazidos das reuniões com a Petrobras e o Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) no Rio de Janeiro na última segunda-feira (19).
Estavam presentes na reunião representantes da imprensa, da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), da Azonasul, do Sinterg/CUT, da Federasul, da Federação dos Metalúrgicos, da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico de Rio Grande e São José do Norte (STIMMERG), Fecomércio, além do presidente da Câmara dos Vereadores.
Das reuniões de articulação no Rio, que envolveram representantes municipais, do governo estadual, governo federal, lideranças locais e segmentos ligados à Indústria Naval, os principais encaminhamentos foram a hipótese de criação de um projeto de defesa dos ativos locais junto ao Banco Brasil Plural para que um novo operador possa assumir o Estaleiro de Rio Grande (ERG1), que depende porém do término do processo de recuperação judicial iniciado pela Ecovix, que ainda tem a posse do local; e a entrada do Sinaval na esfera judicial para que se mantenham em Rio Grande as novas licitações para construção de cascos que acontecerão em janeiro.
O prefeito Lindenmeyer disse que mesmo que se tenha a consolidação de um novo operador para o Estaleiro, existe um tempo obrigatório para a elaboração do projeto e sua respectiva execução, que juntos somam, pelo menos, um ano de espera.
A respeito da continuidade da construção plataforma P-71, que tem 50% da sua estrutura construída, a Petrobras disse que necessita de cerca U$ 180 milhões para terminar a plataforma e que, por hora, não tem estes recursos. A estatal, portanto, deu “baixa como prejuízo” na parte construída. Sobre esta pauta as lideranças locais sustentaram que se houver a possibilidade de um terceiro concorrer à licitação em janeiro, que se licite neste processo também a P-71, no patamar em que se encontra.
Apoio das lideranças locais
O vice-reitor da FURG, Danilo Giroldo, que acompanhou a reunião no Sinaval, pontuou o aspecto aprofundado do encontro, que permitiu informações de extrema importância para articular as estratégias dos setores envolvidos e pensar medidas a curto e longo prazo para a Indústria Naval na região.
Entre as alternativas construídas pelas lideranças está a inclusão do Sindicato dos Metalúrgicos de Rio Grande e São José do Norte (STIMMERG) na ação judiciasl que o Sinaval moverá para que se priorize o Conteúdo Local, garantindo a vinda das novas licitações de cascos para os estaleiros da região.
Enio Santos, representante da Federação dos Metalúrgicos, aproveitou a reunião para destacar que o novo projeto do governo federal é um projeto que exclui as empresas brasileiras do desenvolvimento econômico, privilegiando interesses estrangeiros. “Mais do que nunca precisamos estar unidos num só discurso em prol da nossa região, que nunca antes foi olhada como nos últimos anos pelo governo federal. Não podemos voltar ao tempo de exclusão que a nossa região por anos vivenciou”, disse.
O presidente da AzonaSul, Rui Brisolara, destacou que o momento é de buscar alternativas para reduzir os custos de construções de novos cascos dentro do país, já que o argumento é de que fora do país ele seria mais barato. “Se a questão é a onerosidade, temos que pensar alternativas para reduzir os custos aqui dentro do país. O que está em jogo não é só o desenvolvimento econômico, mas também o desenvolvimento social da nossa região, do país”, completou Rui.
A Câmara dos Vereadores, representada pelo presidente da Casa, José Antônio da Silva, elogiou o empenho do Executivo Municipal nas missões em Porto Alegre, Brasília e Rio de Janeiro e colocou-se à disposição para continuar encampando a luta em defesa do Polo Naval.
Assessoria de Comunicação/PMRG