A safra da cebola costuma apresentar dois ou três anos ruim e apenas um bom para o produtor da região. Este ano, no entanto, já em fase final de comercialização, o preço do produto, em torno de R$ 0,70 o quilo para o produtor, é considerado bom e deverá recuperar o prejuízo do ano passado, quando a cebola do Rio Grande e São José do Norte não tinha mercado.
O secretário municipal de Agricultura, Adinelson Troca, está otimista e acredita que até final de janeiro o preço estará bem melhor, ultrapassando R$ 1 por quilo.
"Não tem uma super produção em matéria de volume. A cebola precoce foi mais fraca, miúda, mas os ciclos médio e tardio estão correspondendo à expectativa", comemora ele.
De acordo com o titular da Secretaria Municipal de Agricultura (SMAG) o produtor da região costuma colher, em média, 30 toneladas por hectare. Neste ano está colhendo entre 18 e 20 toneladas. A produção diminuiu devido ao clima, mas o preço aumentou porque estados concorrentes, como Pernambuco, Minas Gerais e Santa Catarina tiveram uma safra ruim. Sendo assim, a cebola gaúcha está abastecendo o centro do país e o preço só não é maior pelo fato da região ser distante, o que encarece o transporte.
A cebola argentina deverá entrar no país em fevereiro mas, até lá, Troca acredita que o preço para os produtores da região, que estão abastecendo o mercado nacional, continuará subindo.
07.01.08