Abril Azul: Discussões em seminário abordam necessidades dos autistas

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“O autismo não é uma minoria na sociedade. Uma em cada quatro crianças no mundo está nascendo com espectro autista. É preciso que estejamos preparados, porque não queremos mais estar com nossos filhos trancados dentro de casa”, disse Luciane de Albernaz Teodoro, mãe do Isaac, um menino com Transtorno de Espectro Autista (TEA). Ela palestrou no seminário voltado aos profissionais da Saúde que ocorreu nessa quarta-feira (6), em realização do Programa de Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência da Secretaria da Saúde.
“Cada vez mais são necessários recursos para amparar as diversidades. É preciso que nos preparemos, enquanto sociedade, para termos estratégias de acolhimento e amparo não só para o autista, mas também para sua família, que precisa muito desse suporte. Ainda estamos engatinhando no que se refere à inclusão e assistência”, ressaltou ela, trazendo o relato da experiência que vive com Isaac.
Formada em Direito e fazendo pós-graduação na área de Nutrição Funcional voltada para a área do neurodesenvolvimento, Luciane afirma que as pessoas com TEA merecem estar em todos os espaços, usufruir de cultura, lazer, esporte, ter terapias e terapeutas. “E o olhar não deve ser apenas para o autista enquanto criança, porque eles crescem e viram adolescentes, adultos. E quando não estivermos mais com eles, quem vai cuidar dos nossos filhos”, indagou a mãe do Isaac.

Parceria AMAR e SMS

Além de Luciane Teodoro, o seminário trouxe para debater a assistente social Rosane Farias da Silva, que atua nesta área na Associação de Pais e Amigos dos Autistas do Rio Grande (AMAR), instituição que trabalha há 32 anos pelos direitos da população autista. Ela mostrou as atividades desenvolvidas pela AMAR e a proposta para esse ano, que é levar para as UBS o que é o autismo e as prioridades no atendimento. Nos próximos dias, a AMAR e a Secretaria da Saúde reúnem-se para montar um plano de ação a ser aplicado nas unidades de Saúde.
Atualmente, a AMAR tem cadastrada cerca de 500 famílias com algum integrante sendo acolhido e atendido por ser autista. Em Rio Grande, são cerca de 3 mil pessoas com TEA. O canal para quem busca atendimento da AMAR é pelo telefone 3233-1294. Por esse número são marcadas consultas com profissionais e outros encaminhamentos.

Clínicas credenciadas

A Secretaria de Município do Rio Grande mantém convênio com quatro clínicas na cidade para atendimento de pacientes com TEA. São duas clínicas no Centro, uma no Povo Novo e outra Parque Marinha. Todo o encaminhamento dos pacientes depende de avaliação feita nas próprias unidades de Saúde por diversos profissionais, entre eles, o da área de fisioterapia.

 

 

 


Assessoria de Comunicação Social – Prefeitura Municipal do Rio Grande

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