Em janeiro de 2024, um veranista ilustre apareceu na beira da Praia do Cassino, causando grande alvoroço entre os frequentadores do balneário e inundando as redes sociais. Era impossível passear pela praia sem procurar a silhueta gordinha e simpática de um elefante marinho juvenil que escolheu a praia para descansar e viver o ciclo natural da sua troca de pele e pelos.
O animal dormia na areia grande parte do tempo. Às vezes entrava no mar, para um banho refrescante, e logo voltava para seu merecido repouso. A presença dessa espécie de visitante não é frequente, já que suas colônias de reprodução ficam mais ao Sul do continente americano, mas também não é tão rara assim. Nunca, porém, um deles tinha ficado tanto tempo na praia em plena temporada de verão.
A visita do elefante marinho demonstrou o quanto um trabalho de educação ambiental é capaz de viralizar e de revelar as oportunidades que a preservação do meio ambiente oferece.
Cercada de água por todos os lados e com várias unidades de conservação em seu território, Rio Grande conta com entidades estruturadas para conduzir projetos de educação e conservação ambiental – associar marcas a iniciativas como essas pode ser vantajoso para todos. Grandes empresas, como o Porto de Rio Grande, há muito dedicam parte de seus investimentos para projetos na área ambiental. A novidade é que outros negócios, de variados portes, também já percebem essa oportunidade.
Entidades como o Centro de Recuperação de Animais Marinhos (CRAM), ligado à Furg, e o Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (NEMA), além de projetos como o Pinípedes do Sul, foram os responsáveis pelo monitoramento do elefante marinho, e serviram de ponte entre o animal e a sociedade, que correu em busca de informações sobre o visitante.
O gigante fofinho retornou ao mar em meados de fevereiro, depois de completar sua troca de pele e pelos. Animal jovem, ele ainda tem muitos ciclos a cumprir em sua vida. Nas redes sociais, as reações à despedida do ilustre veranista foram efusivas. Todo mundo pedindo para que ele retorne – e traga a família – em 2025.