Hoje, os símbolos da cidade são algumas espécies como camarão-rosa, anchova, tainha, corvina e abrótea. No século 20, a indústria de beneficiamento de pescado foi um dos pilares da economia, com grandes fábricas na região central. Em função dos ciclos econômicos, muitas indústrias locais fecharam e, atualmente, a maior  parte do pescado é beneficiado fora do Estado.

Buscar condições para recuperar a indústria pesqueira na cidade é um dos objetivos da administração municipal. Para isso, em parceria com a FURG, por meio do Grande do Pacto, foi apresentado o Programa de
Desenvolvimento Sustentável das Pescarias Costeiras e de Fortalecimento da Cadeia Produtiva da Pesca em Rio Grande, que visa preservar os estoques e proteger a pesca artesanal, considerando que a captura de espécies nativas em toda a costa gaúcha é sazonal e controlada pelos órgãos ambientais.

Em parceria com as startups sediadas no Oceantec, a gestão municipal busca inserir inovação tecnológica ao setor pesqueiro, por meio da inteligência artificial e da correlação do conhecimento oceanográfico com a captação de dados por satélites. Assim, é possívelotimizar a tomada de decisão nas atividades pesqueiras, indicando as áreas de maior probabilidade de captura da espécie alvo, o que reduz a necessidade de navegação e o tempo no mar, diminuindo o custo das operações de pesca, tornando-as viáveis.

Outra opção é a criação de animais em cativeiro, atividade que se adapta à geografia da cidade, além de viabilizar as empresas beneficiadoras nos períodos de defeso das espécies protegidas. Parcerias entre os governos e as instituições de pesquisa têm mapeado os estoques de pescado da costa de Rio Grande há anos, o que fornece um panorama eficiente da capacidade de captura e beneficiamento de peixe pela indústria local.